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POLITÍCA NACIONAL

Girão questiona atuação do STF em caso da CBF

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O senador Eduardo Girão (Novo-CE), em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (2), criticou a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) no caso envolvendo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O parlamentar alegou suposto conflito de interesses na decisão do ministro Gilmar Mendes, que determinou o retorno de Ednaldo Rodrigues à presidência da entidade. Girão destacou que, meses antes da liminar, a CBF firmou contrato com o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), ligado ao próprio ministro.

— O que me causa incômodo é a celebração de um contrato com a instituição ligada ao ministro do STF, o qual, posteriormente, viria a julgar um caso crucial para a manutenção do cargo do presidente da instituição com a qual essa parceria foi firmada. A proximidade temporal entre a assinatura do contrato e a decisão do STF agrava ainda mais a percepção de um potencial conflito de interesses — afirmou.

Girão também criticou a relação entre clubes, federações e casas de apostas. Ele afirmou que a presença dessas empresas em campeonatos nacionais tem causado prejuízos sociais, com endividamento de torcedores, e questionou a confiabilidade dos resultados des partidas. 

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— A Série A, a Série B e a Copa do Brasil são diretamente patrocinadas pelas bets, que transformaram os nossos principais times em reféns desse dinheiro. As coisas não estão nada boas para o nosso futebol. Hoje, não se consegue assistir a um jogo sem dúvida sobre a manipulação dos resultados — declarou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

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POLITÍCA NACIONAL

Paim critica suspensão pelo STF de processos sobre ‘pejotização’

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O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou, em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (5), a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu os processos que discutem a legalidade da “pejotização” — prática em que empresas contratam trabalhadores como pessoas jurídicas (PJ) para evitar o vínculo formal com carteira assinada.

— O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) destacou que essa suspensão “fere o princípio constitucional da garantia de acesso ao Poder Judiciário, negando a prestação jurisdicional por tribunais mais habilitados a reconhecer a pejotização ou as terceirizações ilícitas”. Essa tentativa de enfraquecer a Justiça do Trabalho também silencia os trabalhadores e desconsidera as vozes das ruas, daqueles que estão com as mãos calejadas — afirmou.

Segundo o parlamentar, a pejotização fragiliza os direitos trabalhistas porque o modelo de contratação disfarça vínculos formais de emprego, mantendo características como jornada definida, subordinação e salário fixo, mas sem garantir os direitos previstos na CLT, como férias, 13º salário, FGTS e seguro-desemprego.

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— Essa prática é frequentemente utilizada para reduzir encargos trabalhistas e tributários, mas configura fraude quando encobre uma relação de emprego tradicional. Quando essa fraude é efetivamente comprovada, os responsáveis podem ser condenados ao pagamento dos valores devidos e não pagos pertinentes à relação trabalhista — disse.

Paim também citou dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), indicando que a pejotização já atinge cerca de 18 milhões de trabalhadores. De acordo com o parlamentar, desde a reforma trabalhista, esse modelo de contratação causou perdas de aproximadamente R$ 89 bilhões na arrecadação, colocando em risco a manutenção da Previdência Social. Ele anunciou a realização de uma audiência pública na próxima quinta-feira (9), na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), para debater o tema com entidades sindicais, representantes do governo, do Judiciário e do Ministério Público.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

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