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POLITÍCA NACIONAL

CPI das Bets ouvirá Regis Alexandre Dudena na próxima terça-feira

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Regis Alexandre Dudena, secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, será ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito das Bets (CPIBETS) na terça-feira (10), a partir das 11h. Ele deverá explicar como o governo lida com o mercado de apostas, com foco nas medidas de controle e fiscalização.

Dudena já foi ouvido em setembro por outra CPI, a Comissão Parlamentar de Inquérito da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas (CPIMJAE), onde prestou esclarecimentos sobre medidas para frear potenciais problemas dos jogos. Agora, foi novamente convocado para atender ao requerimento (78/2024 – CIPBETS) do senador Izalci Lucas (PL-DF).

“Sua convocação é necessária para que a CPIBETS compreenda as políticas atuais de regulação, os mecanismos de controle e fiscalização adotados, e se há falhas que permitem práticas como a lavagem de dinheiro e manipulação de resultados” argumenta Izalci em sua justificativa.

A relatora da CPI, Soraya Thronicke (Podemos-MS), também justifica em requerimento (203/2024- CPIBETS) a necessidade de debate sobre o panorama atual da exploração ilegal de apostas on-line e adequação do atual sistema regulatório e repressor.

A senadora enfatiza que os jogos de aposta on-line são uma forma de jogo de azar, nos quais os participantes apostam em eventos de desfecho aleatório. Para ela, esses jogos representam um esquema criminoso que tem prejudicado muitas vítimas, levando apostadores ao vício e provocando destruição de empregos e famílias.

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“Camuflados de entretenimento, esses jogos de azar desencadeiam uma série de crimes, dentre eles destacamos a lavagem de dinheiro, associação criminosa, falsidade ideológica, crimes contra o sistema financeiro, exercício ilegal de atividade, dentre outros”, destaca Soraya.

Antes do depoimento, a comissão também votará requerimentos com convocações e convites, além de pedidos de informações, documentos e a criação de um canal institucional destinado a receber denúncias.

Requerimentos

A senadora Soraya Thronicke é autora dos seguintes requerimentos:

  • REQ 185: convoca o presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) e da empresa GSA Empreendimentos e Participações Ltda., vinculada ao cantor Gusttavo Lima, para apresentar os Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) referentes ao período de 1º de janeiro de 2023 a 31 de outubro de 2024;
  • REQ 255: propõe a criação de um canal institucional para receber denúncias;
  • REQ 257: convoca Jorge Barbosa Dias, proprietário da MarjoSports, para prestar depoimento;
  • REQ 258: solicita dos Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) de Jorge Barbosa Dias, proprietário da MarjoSports;
  • REQ 259: convida o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para esclarecer os processos administrativos relacionados às autorizações concedidas ou negadas a empresas de apostas esportivas no Brasil.
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Além dos requerimentos apresentados por Soraya Thronicke, a CPI também votará outros três requerimentos apresentados por Izalci Lucas:

  • REQ 251: convida a Beatriz Salles Melges, diretora regional da BetConstruct, para prestar depoimento como testemunha;
  • REQ 252: solicita à Polícia Civil do Estado de São Paulo uma cópia integral do inquérito que investiga lavagem de dinheiro envolvendo o contrato de patrocínio entre o Corinthians e a empresa Vai de Bet.
  • REQ 253: convida o delegado Tiago Fernando Correia, da Polícia Civil de São Paulo, na condição de especialista, para prestar esclarecimentos sobre as investigações em curso sobre apostas on-line.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

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POLITÍCA NACIONAL

Paim critica suspensão pelo STF de processos sobre ‘pejotização’

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O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou, em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (5), a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu os processos que discutem a legalidade da “pejotização” — prática em que empresas contratam trabalhadores como pessoas jurídicas (PJ) para evitar o vínculo formal com carteira assinada.

— O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) destacou que essa suspensão “fere o princípio constitucional da garantia de acesso ao Poder Judiciário, negando a prestação jurisdicional por tribunais mais habilitados a reconhecer a pejotização ou as terceirizações ilícitas”. Essa tentativa de enfraquecer a Justiça do Trabalho também silencia os trabalhadores e desconsidera as vozes das ruas, daqueles que estão com as mãos calejadas — afirmou.

Segundo o parlamentar, a pejotização fragiliza os direitos trabalhistas porque o modelo de contratação disfarça vínculos formais de emprego, mantendo características como jornada definida, subordinação e salário fixo, mas sem garantir os direitos previstos na CLT, como férias, 13º salário, FGTS e seguro-desemprego.

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— Essa prática é frequentemente utilizada para reduzir encargos trabalhistas e tributários, mas configura fraude quando encobre uma relação de emprego tradicional. Quando essa fraude é efetivamente comprovada, os responsáveis podem ser condenados ao pagamento dos valores devidos e não pagos pertinentes à relação trabalhista — disse.

Paim também citou dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), indicando que a pejotização já atinge cerca de 18 milhões de trabalhadores. De acordo com o parlamentar, desde a reforma trabalhista, esse modelo de contratação causou perdas de aproximadamente R$ 89 bilhões na arrecadação, colocando em risco a manutenção da Previdência Social. Ele anunciou a realização de uma audiência pública na próxima quinta-feira (9), na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), para debater o tema com entidades sindicais, representantes do governo, do Judiciário e do Ministério Público.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

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