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POLITÍCA NACIONAL

CPI das Bets ouvirá Adélia Soares e representante da Peach Blossom

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A CPI das Bets, que investiga irregularidades no setor de apostas on-line, ouvirá nesta terça-feira (29), a partir das 11h, a advogada Adélia de Jesus Soares e um representante da empresa Peach Blossom River Technology. Os dois depoimentos fazem parte das investigações sobre os impactos financeiros, sociais e regulatórios da atuação de plataformas de apostas no Brasil.

A convocação de Adélia Soares foi solicitada pela relatora da CPI, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), por meio do seguinte requerimento: REQ 383/2024 – CPIBETSAdélia Soares é dona da Payflow Processadora de Pagamentos Ltda.

Soraya destaca que investigações da Polícia Civil do Distrito Federal apontaram que essa empresa teria sido utilizada como fachada para movimentações financeiras irregulares e lavagem de dinheiro vinculadas a jogos de azar. Além disso, de acordo com a senadora, há indícios de que a Payflow teria operado em desacordo com normas do Banco Central e teria ligação com uma sociedade sediada nas Ilhas Virgens Britânicas.

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A convocação de um representante da Peach Blossom River Technology também foi solicitada por Soraya Thronicke, por meio do REQ 404/2025 – CPIBETS.

Nesse caso, o pedido de depoimento busca esclarecer a estrutura empresarial da empresa, que, segundo Soraya, pode ter vínculo societário com a Payflow. A senadora ressalta que a Peach Blossom River Technology é citada em investigações conduzidas pela Polícia Civil do Distrito Federal e pode estar envolvida em operações financeiras relacionadas às plataformas de apostas on-line.

Além desses dois depoimentos, a comissão pode deliberar sobre outros dois requerimentos apresentados por Soraya: o REQ 444/2025 – CPIBETS, que solicita a convocação do influenciador digital Giliard Vidal dos Santos para prestar depoimento à comissão, e o REQ 445/2025 – CPIBETS, que solicita ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) a elaboração de um Relatório de Inteligência Financeira (RIF) sobre esse influenciador.

Vinícius Gonçalves, sob supervisão de Patrícia Oliveira

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

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POLITÍCA NACIONAL

Paim critica suspensão pelo STF de processos sobre ‘pejotização’

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O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou, em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (5), a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu os processos que discutem a legalidade da “pejotização” — prática em que empresas contratam trabalhadores como pessoas jurídicas (PJ) para evitar o vínculo formal com carteira assinada.

— O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) destacou que essa suspensão “fere o princípio constitucional da garantia de acesso ao Poder Judiciário, negando a prestação jurisdicional por tribunais mais habilitados a reconhecer a pejotização ou as terceirizações ilícitas”. Essa tentativa de enfraquecer a Justiça do Trabalho também silencia os trabalhadores e desconsidera as vozes das ruas, daqueles que estão com as mãos calejadas — afirmou.

Segundo o parlamentar, a pejotização fragiliza os direitos trabalhistas porque o modelo de contratação disfarça vínculos formais de emprego, mantendo características como jornada definida, subordinação e salário fixo, mas sem garantir os direitos previstos na CLT, como férias, 13º salário, FGTS e seguro-desemprego.

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— Essa prática é frequentemente utilizada para reduzir encargos trabalhistas e tributários, mas configura fraude quando encobre uma relação de emprego tradicional. Quando essa fraude é efetivamente comprovada, os responsáveis podem ser condenados ao pagamento dos valores devidos e não pagos pertinentes à relação trabalhista — disse.

Paim também citou dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), indicando que a pejotização já atinge cerca de 18 milhões de trabalhadores. De acordo com o parlamentar, desde a reforma trabalhista, esse modelo de contratação causou perdas de aproximadamente R$ 89 bilhões na arrecadação, colocando em risco a manutenção da Previdência Social. Ele anunciou a realização de uma audiência pública na próxima quinta-feira (9), na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), para debater o tema com entidades sindicais, representantes do governo, do Judiciário e do Ministério Público.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

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