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Promotor de Justiça conhece polo central de vacinação contra a covid-19 em Cuiabá

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Celly Silva

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A campanha de vacinação contra a covid-19 “Vacina Cuiabá – sua vida em primeiro lugar” segue com o acompanhamento dos órgãos de controle. Na última sexta-feira (5), o polo central de vacinação, que funciona no Centro de Eventos do Pantanal, recebeu a visita do promotor de Justiça Clóvis de Almeida Júnior, titular da 36ª Promotoria de Justiça Cível de Cuiabá. Ele foi recebido pela coordenadora da Vigilância Epidemiológica do Município e da campanha de imunização, Valéria de Oliveira, que mostrou a câmara fria onde ficam armazenadas as doses utilizadas no dia, apresentou e explicou como funcionam os setores de registro, vacinação, pós-vacinação e estabilização. 

Valéria de Oliveira também explicou como é a destinação de doses, que são aplicadas conforme os grupos prioritários definidos pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e pelo Plano Nacional de Imunização (PNI). Ela informou ainda que a aplicação da segunda dose ocorre no prazo de 28 dias (no caso da Coronavac) e de 3 meses (no caso da vacina de Oxford/Astrazeneca). A coordenadora também relatou ao promotor de justiça a dificuldade em fazer o planejamento da campanha de imunização devido ao fato de o Município somente ser informado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) da chegada de novas doses no dia anterior ou até no mesmo dia da entrega. Além disso, as doses ainda estão sendo entregues em quantidade insuficiente para atender a todo o grupo prioritário da fase em andamento. 

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A respeito disso, o promotor Clóvis de Almeida disse que também requisitou informações da SES. Ele ainda perguntou sobre as perdas técnicas e Valéria informou que tem feito um controle rigoroso para evitar sobras de doses da vacina. Segundo ela, ao final do expediente na central de vacinação, são verificadas quantas pessoas ainda faltam ser atendidas para que seja aberto apenas o número exato de frascos. Além disso, todos os fracos esvaziados estão armazenados. 

Após conhecer todo o funcionamento da central de vacinação contra a covid-19, o promotor de justiça Clóvis de Almeida Júnior destacou que “dá pra perceber que está funcionando a estrutura montada, mas a gente fica um pouco frustrado da ausência de perspectiva do município em poder prosseguir com a vacinação porque, pelo que ela me informou, as doses que estão chegando hoje não termina nem esse grupo prioritário e isso realmente preocupa muito. Vou aguardar as informações, tanto da Secretaria Municipal quanto da Secretaria Estadual, para avaliar as informações e decidir qual vai ser a próxima diligência na investigação”, disse. 

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A secretária de Saúde de Cuiabá, Ozenira Félix, destacou que a pasta tem trabalho aberta aos órgãos de controle sempre prezando pela transparência das ações de combate à pandemia. “Pra nós é extremamente importante que os órgãos de controle venham saber como a gente trabalha, como foi organizado o processo e também ver as dificuldades que a gente passa. Eu acho de extrema importância a vinda dos órgãos de controle e eu gostaria que eles viessem periodicamente. Inclusive vários vereadores já vieram aqui e fizeram várias sugestões. Muitas nós já fizemos e é importante a contribuição da sociedade para o controle”, destacou.

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A ARMADILHA DA DESINFORMAÇÃO

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Acompanhei uma calorosa conversa entre o sócio de uma auto peças de máquinas agrícolas e o seu amigo, proprietário de um supermercado, descendo o porrete no agronegócio, numa ensolarada tarde de segunda feira.

No tempo em que fiquei no balcão esperando o vendedor finalizar o orçamento das peças, passei a refletir sobre o posicionamento dos dois empresários, se oriunda da desinformação, da ideologia ou do vício de reclamar da vida por reclamar!!!

O contraditório era latente… os clientes dos dois comerciantes, em sua maioria são produtores rurais, especialmente o de peças de máquinas agrícolas. Por outro lado, o atacadista de alimentos, o seu negócio é compra e venda de produtos da agroindústria.

Olhava para um, depois para o outro, e fiquei pensando… como é possível, dois empresários do agronegócio, desqualificarem as suas atividades, denegrirem a si mesmos e jogarem contra o seu próprio negócio.

Num repente, esquecendo das orientações de não intrometer na conversa dos outros, pedi licença aos dois e perguntei se tinham conhecimento do conceito do agronegócio. No embalo da resposta, burburejaram uma avalanche de adjetivos pejorativos aos produtores rurais, entre eles: criminosos, poluidores, devastadores do meio ambiente… etc etc etc

Enquanto eles falavam freneticamente reforçando as suas convicções desacerbadas, demonizando o setor, rapidamente busquei no google o conceito do agronegócio na Wikipédia (a enciclopédia livre), e, solicitei para um deles ler.

E assim iniciou a leitura: “O agronegócio representa qualquer operação do ciclo da agricultura e da pecuária, o que engloba a produção, os serviços financeiros, de transporte, marketing, seguros, bolsas de mercadoria.”

Percebi que os dois já acenderam o sinal vermelho. Solicitei que continuasse a ler, e assim o fez: “O agronegócio é dividido em três partes. A primeira é representada pela indústria e comércio, como por exemplo, os fabricantes de fertilizantes, defensivos químicos, equipamentos, bancos e financeiras. A segunda parte trata dos negócios agropecuários propriamente ditos, representados pelos produtores rurais, sejam eles pequenos, médios ou grandes, constituídos na forma de pessoas físicas (fazendeiros ou camponeses) ou de pessoas jurídicas. E na terceira parte encontram-se as atividades de compra, transporte, beneficiamento e venda dos produtos agropecuários até o consumidor final. Enquadram-se, nesta definição, os frigoríficos, as indústrias têxteis e calçadistas, empacotadores, supermercados e distribuidores de alimentos.”

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Ao terminar a leitura do conceito da palavra agronegócio (agribusiness), originária no ano de 1955, nos EUA, pelos pesquisadores da Universidade de Harvard, John Davis e Ray Goldberg, os dois empresários demonstraram certa surpresa misturada com desconforto. Sabe aquela reação quando é pego de calça curta. Pois é. Não precisei falar nada.

Poderia ter enumerado todas as conquistas do agronegócio brasileiro, desde dos anos em que o Brasil era dependente da produção de alimentos de outros países até se transformar em líder mundial de produção.

Poderia relatar a importância do agronegócio no crescimento e estabilidade econômica do País, no aumento de produção a cada safra, da responsabilidade socioambiental e sustentabilidade, da brilhante participação dos dois no agronegócio.

Poderia… Enfim, não foi necessário. A ficha caiu.

Essa triste realidade que infelizmente deparamos no dia a dia, foi cientificamente comprovado através da pesquisa realizada no final do ano de 2022, pela Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro (ABMRA), idealizadora do Movimento “Todos a Uma só Voz”, revelando que 33% das pessoas, com idade de 30 a 59 anos, tem uma percepção negativa da atividade do agronegócio, nos temas relevantes como: preservação do meio ambiente, sustentabilidade e combate à fome. Na faixa etária de 15 a 29 anos, fica pior, o índice sobe para 51%.

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A desinformação ou as informações distorcidas de um setor que emprega, produz, alimenta seu povo e ajuda a alimentar o mundo devem ser combatidas. Há uma necessidade urgente de ações pontuais e eficientes, de propagação de matérias e reportagens consistentes, positivas, educativas, demonstrando a importância das atividades de toda a cadeia produtiva do agronegócio.

No ano passado, também foi realizada uma outra pesquisa, essa com os Produtores Rurais, por uma equipe multidisciplinar de 15 especialistas e acadêmicos da ESALQ-USP, Fundação Dom Cabral e ESPM, onde constataram que 71% dos Produtores concordam que o agronegócio precisa divulgar mais sobre a sua atividade, o seu desenvolvimento e o seu futuro, a fim de ser mais valorizado pela população urbana.

Muitas instituições de classe de produtores e associações empresariais já colocaram nos seus planejamentos, investimentos para divulgar a verdadeira face do agronegócio para a sociedade brasileira e estrangeira.

Surge no horizonte o desafio em desconstruir a armadilha da desinformação.

 

Isan Oliveira de Rezende

Produtor Rural, Advogado, Engenheiro Agrônomo, Presidente da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de Mato Grosso (FEAGRO MT), Presidente do Instituto do Agronegócio, Coordenador da Agricultura Familiar e Agronegócio na Associação de Bancos (ASBAN), membro da Câmara Especializada de Agronomia no CREA/MT e membro da Comissão do Agronegócio na OAB/MT.

Fonte: Isan Rezende

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