BELÉM

GERAL

Em dois meses, operações de fiscalização flagram 283 pessoas conduzindo veículos sem habilitação

Published

on


Um dado que chamou a atenção nos meses de janeiro e fevereiro durante as operações integradas de fiscalização de trânsito foi a quantidade de pessoas conduzindo veículo sem possuir a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Ao todo, foram 283 pessoas flagradas somente em Cuiabá e Várzea Grande conduzindo veículo sem possuir a CNH. A conduta é uma infração de trânsito prevista no artigo 162 do Código de Trânsito Brasileiro, com penalidade de natureza gravíssima no valor de R$ 880,41.

“Nesse caso, o proprietário como responsável pelo veículo também pode ser multado por permitir ou entregar veículo a pessoa sem habilitação”, explicou a gerente de Fiscalização de Trânsito do Detran-MT, Kelli Lopes Felix.  

Conforme Kelli, as abordagens a condutores inabilitados têm sido uma das infrações mais recorrentes nas ações de fiscalização de trânsito. “Uma irresponsabilidade muito grande que coloca em risco a vida de terceiros e do próprio condutor”, destacou.  

Além da aplicação de multa, a conduta também pode caracterizar crime, conforme o artigo 309 do Código de Trânsito Brasileiro – “Conduzir veículo automotor, em via pública, sem a devida permissão ou habilitação, ou ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano”. A pena nessa situação é de detenção de 06 meses a 01 ano ou multa.

Leia Também:  Polícia Federal deflagra nona fase da operação que investiga roubo a banco em Araçatuba/SP

Os flagrantes de inabilitados no trânsito ocorreram durante as 39 blitzes de fiscalização de trânsito realizadas nos meses de janeiro e fevereiro pelo Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT) em parceria com o Batalhão de Polícia Militar de Trânsito Urbano.

Quem assume o risco de conduzir um veículo sem possuir a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) está aumentando os riscos de acidentes no trânsito.

“O principal objetivo do Detran e da Polícia Militar ao realizar as blitzes é salvar vidas. Para isso, estamos empenhados em promover ações de caráter preventivo, educativo e repressivo contra condutas como essa que colocam em risco a vida da população”, reforçou a gerente de Fiscalização de Trânsito do Detran-MT, Kelli Lopes Felix.  

Fonte: GOV MT

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

GERAL

A ARMADILHA DA DESINFORMAÇÃO

Published

on

Acompanhei uma calorosa conversa entre o sócio de uma auto peças de máquinas agrícolas e o seu amigo, proprietário de um supermercado, descendo o porrete no agronegócio, numa ensolarada tarde de segunda feira.

No tempo em que fiquei no balcão esperando o vendedor finalizar o orçamento das peças, passei a refletir sobre o posicionamento dos dois empresários, se oriunda da desinformação, da ideologia ou do vício de reclamar da vida por reclamar!!!

O contraditório era latente… os clientes dos dois comerciantes, em sua maioria são produtores rurais, especialmente o de peças de máquinas agrícolas. Por outro lado, o atacadista de alimentos, o seu negócio é compra e venda de produtos da agroindústria.

Olhava para um, depois para o outro, e fiquei pensando… como é possível, dois empresários do agronegócio, desqualificarem as suas atividades, denegrirem a si mesmos e jogarem contra o seu próprio negócio.

Num repente, esquecendo das orientações de não intrometer na conversa dos outros, pedi licença aos dois e perguntei se tinham conhecimento do conceito do agronegócio. No embalo da resposta, burburejaram uma avalanche de adjetivos pejorativos aos produtores rurais, entre eles: criminosos, poluidores, devastadores do meio ambiente… etc etc etc

Enquanto eles falavam freneticamente reforçando as suas convicções desacerbadas, demonizando o setor, rapidamente busquei no google o conceito do agronegócio na Wikipédia (a enciclopédia livre), e, solicitei para um deles ler.

E assim iniciou a leitura: “O agronegócio representa qualquer operação do ciclo da agricultura e da pecuária, o que engloba a produção, os serviços financeiros, de transporte, marketing, seguros, bolsas de mercadoria.”

Percebi que os dois já acenderam o sinal vermelho. Solicitei que continuasse a ler, e assim o fez: “O agronegócio é dividido em três partes. A primeira é representada pela indústria e comércio, como por exemplo, os fabricantes de fertilizantes, defensivos químicos, equipamentos, bancos e financeiras. A segunda parte trata dos negócios agropecuários propriamente ditos, representados pelos produtores rurais, sejam eles pequenos, médios ou grandes, constituídos na forma de pessoas físicas (fazendeiros ou camponeses) ou de pessoas jurídicas. E na terceira parte encontram-se as atividades de compra, transporte, beneficiamento e venda dos produtos agropecuários até o consumidor final. Enquadram-se, nesta definição, os frigoríficos, as indústrias têxteis e calçadistas, empacotadores, supermercados e distribuidores de alimentos.”

Leia Também:  PF prende três pessoas por tráfico de drogas em RO

Ao terminar a leitura do conceito da palavra agronegócio (agribusiness), originária no ano de 1955, nos EUA, pelos pesquisadores da Universidade de Harvard, John Davis e Ray Goldberg, os dois empresários demonstraram certa surpresa misturada com desconforto. Sabe aquela reação quando é pego de calça curta. Pois é. Não precisei falar nada.

Poderia ter enumerado todas as conquistas do agronegócio brasileiro, desde dos anos em que o Brasil era dependente da produção de alimentos de outros países até se transformar em líder mundial de produção.

Poderia relatar a importância do agronegócio no crescimento e estabilidade econômica do País, no aumento de produção a cada safra, da responsabilidade socioambiental e sustentabilidade, da brilhante participação dos dois no agronegócio.

Poderia… Enfim, não foi necessário. A ficha caiu.

Essa triste realidade que infelizmente deparamos no dia a dia, foi cientificamente comprovado através da pesquisa realizada no final do ano de 2022, pela Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro (ABMRA), idealizadora do Movimento “Todos a Uma só Voz”, revelando que 33% das pessoas, com idade de 30 a 59 anos, tem uma percepção negativa da atividade do agronegócio, nos temas relevantes como: preservação do meio ambiente, sustentabilidade e combate à fome. Na faixa etária de 15 a 29 anos, fica pior, o índice sobe para 51%.

Leia Também:  Confiança empata com CSA de 2 a 2 na Copa Nordeste

A desinformação ou as informações distorcidas de um setor que emprega, produz, alimenta seu povo e ajuda a alimentar o mundo devem ser combatidas. Há uma necessidade urgente de ações pontuais e eficientes, de propagação de matérias e reportagens consistentes, positivas, educativas, demonstrando a importância das atividades de toda a cadeia produtiva do agronegócio.

No ano passado, também foi realizada uma outra pesquisa, essa com os Produtores Rurais, por uma equipe multidisciplinar de 15 especialistas e acadêmicos da ESALQ-USP, Fundação Dom Cabral e ESPM, onde constataram que 71% dos Produtores concordam que o agronegócio precisa divulgar mais sobre a sua atividade, o seu desenvolvimento e o seu futuro, a fim de ser mais valorizado pela população urbana.

Muitas instituições de classe de produtores e associações empresariais já colocaram nos seus planejamentos, investimentos para divulgar a verdadeira face do agronegócio para a sociedade brasileira e estrangeira.

Surge no horizonte o desafio em desconstruir a armadilha da desinformação.

 

Isan Oliveira de Rezende

Produtor Rural, Advogado, Engenheiro Agrônomo, Presidente da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de Mato Grosso (FEAGRO MT), Presidente do Instituto do Agronegócio, Coordenador da Agricultura Familiar e Agronegócio na Associação de Bancos (ASBAN), membro da Câmara Especializada de Agronomia no CREA/MT e membro da Comissão do Agronegócio na OAB/MT.

Fonte: Isan Rezende

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

MAIS LIDAS DA SEMANA