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Chapecoense vence de virada e abre dez pontos do vice-líder da Série B

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Se a saudade do torcedor estava grande, a partida desta sexta-feira (20), contra o Sampaio Corrêa, serviu para compensar os 10 dias sem jogo do Verdão. Na casa do adversário – vice-líder da Série B – a Chapecoense venceu por 3 a 1 e se isolou, ainda mais, na liderança da competição, abrindo dez pontos do segundo colocado. E o embate foi eletrizante,  com todos os elementos que uma grande partida exige: uma virada heroica e o brilho da estrela de Umberto Louzer, que colocou em campo, na etapa complementar, Alan Santos e Mike, que marcaram o segundo e o terceiro gol e fecharam a conta aberta pelo artilheiro Anselmo Ramon.

A partida: 

O início de partida foi favorável ao Sampaio Corrêa que, nos seus domínios, teve maior posse de bola e controle das ações do jogo. Com dificuldade para sair jogando e para encontrar espaços na defesa adversária, a Chape viu, aos 32, um pênalti ser anotado para o time maranhense, que converteu com Caio Dantas – artilheiro da Série B – e abriu o placar. O Verdão, no entanto, não se abateu ou intimidou, e ainda no primeiro tempo buscou a igualdade no marcador: aos 46, Busanello cruzou e Anselmo Ramon cabeceou no contrapé do goleiro, sem chance de defesa.

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O gol no final da primeira etapa animou a equipe alviverde para o segundo tempo e, com apenas 16 minutos, o Verdão assumiu a vantagem no duelo. E o gol da virada foi com a marca da superação: Alan Santos – que havia acabado de entrar em campo e fazia o seu segundo jogo após nove meses afastado dos gramados por conta de lesão – apareceu na pequena área para empurrar, com o joelho, para o fundo da rede. Na sequência, aos 30, para ampliar a vantagem e confirmar a flechada, foi a vez de Mike marcar o seu primeiro gol com a camisa verde e branca. O camisa 17 recebeu, na medida, do meia Denner – que também havia acabado de ingressar no jogo – e sacramentou a vitória.

Palavra do comandante:

Após a vitória, o técnico Umberto Louzer falou sobre a dificuldade do confronto e valorizou a mudança de postura da equipe para o segundo tempo. “Demoramos para nos adaptar, jogar aqui contra o Sampaio Corrêa é muito difícil. Sem querer colocar desculpa, mas o gramado é muito pesado, mais fofo do que a gente é acostumado a jogar. Conversamos isso com os atletas no intervalo e tivemos que mudar o nosso comportamento também. (…) No segundo tempo fomos mais agressivos e quando tivemos a bola não demos de graça para o adversário”.

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Próxima partida:

O próximo compromisso do Verdão é na terça-feira (24), na Arena Condá. Às 21h30, a Chape recebe o Cruzeiro em partida válida pela 23ª rodada da Série B.

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A ARMADILHA DA DESINFORMAÇÃO

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Acompanhei uma calorosa conversa entre o sócio de uma auto peças de máquinas agrícolas e o seu amigo, proprietário de um supermercado, descendo o porrete no agronegócio, numa ensolarada tarde de segunda feira.

No tempo em que fiquei no balcão esperando o vendedor finalizar o orçamento das peças, passei a refletir sobre o posicionamento dos dois empresários, se oriunda da desinformação, da ideologia ou do vício de reclamar da vida por reclamar!!!

O contraditório era latente… os clientes dos dois comerciantes, em sua maioria são produtores rurais, especialmente o de peças de máquinas agrícolas. Por outro lado, o atacadista de alimentos, o seu negócio é compra e venda de produtos da agroindústria.

Olhava para um, depois para o outro, e fiquei pensando… como é possível, dois empresários do agronegócio, desqualificarem as suas atividades, denegrirem a si mesmos e jogarem contra o seu próprio negócio.

Num repente, esquecendo das orientações de não intrometer na conversa dos outros, pedi licença aos dois e perguntei se tinham conhecimento do conceito do agronegócio. No embalo da resposta, burburejaram uma avalanche de adjetivos pejorativos aos produtores rurais, entre eles: criminosos, poluidores, devastadores do meio ambiente… etc etc etc

Enquanto eles falavam freneticamente reforçando as suas convicções desacerbadas, demonizando o setor, rapidamente busquei no google o conceito do agronegócio na Wikipédia (a enciclopédia livre), e, solicitei para um deles ler.

E assim iniciou a leitura: “O agronegócio representa qualquer operação do ciclo da agricultura e da pecuária, o que engloba a produção, os serviços financeiros, de transporte, marketing, seguros, bolsas de mercadoria.”

Percebi que os dois já acenderam o sinal vermelho. Solicitei que continuasse a ler, e assim o fez: “O agronegócio é dividido em três partes. A primeira é representada pela indústria e comércio, como por exemplo, os fabricantes de fertilizantes, defensivos químicos, equipamentos, bancos e financeiras. A segunda parte trata dos negócios agropecuários propriamente ditos, representados pelos produtores rurais, sejam eles pequenos, médios ou grandes, constituídos na forma de pessoas físicas (fazendeiros ou camponeses) ou de pessoas jurídicas. E na terceira parte encontram-se as atividades de compra, transporte, beneficiamento e venda dos produtos agropecuários até o consumidor final. Enquadram-se, nesta definição, os frigoríficos, as indústrias têxteis e calçadistas, empacotadores, supermercados e distribuidores de alimentos.”

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Ao terminar a leitura do conceito da palavra agronegócio (agribusiness), originária no ano de 1955, nos EUA, pelos pesquisadores da Universidade de Harvard, John Davis e Ray Goldberg, os dois empresários demonstraram certa surpresa misturada com desconforto. Sabe aquela reação quando é pego de calça curta. Pois é. Não precisei falar nada.

Poderia ter enumerado todas as conquistas do agronegócio brasileiro, desde dos anos em que o Brasil era dependente da produção de alimentos de outros países até se transformar em líder mundial de produção.

Poderia relatar a importância do agronegócio no crescimento e estabilidade econômica do País, no aumento de produção a cada safra, da responsabilidade socioambiental e sustentabilidade, da brilhante participação dos dois no agronegócio.

Poderia… Enfim, não foi necessário. A ficha caiu.

Essa triste realidade que infelizmente deparamos no dia a dia, foi cientificamente comprovado através da pesquisa realizada no final do ano de 2022, pela Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro (ABMRA), idealizadora do Movimento “Todos a Uma só Voz”, revelando que 33% das pessoas, com idade de 30 a 59 anos, tem uma percepção negativa da atividade do agronegócio, nos temas relevantes como: preservação do meio ambiente, sustentabilidade e combate à fome. Na faixa etária de 15 a 29 anos, fica pior, o índice sobe para 51%.

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A desinformação ou as informações distorcidas de um setor que emprega, produz, alimenta seu povo e ajuda a alimentar o mundo devem ser combatidas. Há uma necessidade urgente de ações pontuais e eficientes, de propagação de matérias e reportagens consistentes, positivas, educativas, demonstrando a importância das atividades de toda a cadeia produtiva do agronegócio.

No ano passado, também foi realizada uma outra pesquisa, essa com os Produtores Rurais, por uma equipe multidisciplinar de 15 especialistas e acadêmicos da ESALQ-USP, Fundação Dom Cabral e ESPM, onde constataram que 71% dos Produtores concordam que o agronegócio precisa divulgar mais sobre a sua atividade, o seu desenvolvimento e o seu futuro, a fim de ser mais valorizado pela população urbana.

Muitas instituições de classe de produtores e associações empresariais já colocaram nos seus planejamentos, investimentos para divulgar a verdadeira face do agronegócio para a sociedade brasileira e estrangeira.

Surge no horizonte o desafio em desconstruir a armadilha da desinformação.

 

Isan Oliveira de Rezende

Produtor Rural, Advogado, Engenheiro Agrônomo, Presidente da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de Mato Grosso (FEAGRO MT), Presidente do Instituto do Agronegócio, Coordenador da Agricultura Familiar e Agronegócio na Associação de Bancos (ASBAN), membro da Câmara Especializada de Agronomia no CREA/MT e membro da Comissão do Agronegócio na OAB/MT.

Fonte: Isan Rezende

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