BELÉM

POLITÍCA NACIONAL

CRA vai analisar regulamentação de transporte próprio de cargas perigosas

Published

on

A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) se reúne nesta quarta-feira (7) a partir das 14h. Há quatro itens na pauta do colegiado, entre eles o projeto de lei que prevê a criação de normas específicas para o transporte de cargas perigosas destinadas à manutenção de atividades rurais.

Esse projeto (PL 1.740/2024) atribui à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a responsabilidade de regulamentar o transporte próprio de produtos perigosos realizados por produtores rurais — um exemplo desse tipo de produto é o combustível para abastecimento de maquinário agrícola.

O autor da proposta é o senador Dr. Hiran (PP-RR). Ele destaca que a iniciativa busca reconhecer a realidade de muitas regiões rurais brasileiras, especialmente no Norte e Centro-Oeste, onde há dificuldades no acesso a transportadoras especializadas.

A matéria conta com relatório favorável do senador Jayme Campos (União-MT), que sugeriu a alteração de alguns dispositivos do texto original.

Após ser examinado pela CRA, o projeto seguirá para outro colegiado do Senado: a Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), onde será apreciado em caráter terminativo.

Leia Também:  CCJ debate reforma tributária com setores produtivos nesta quarta-feira

Cooperativas de crédito

A CRA também deve apreciar nesta quarta o projeto de lei que estimula o acesso de pequenos agricultores ao crédito, ao seguro agrícola e à consultoria técnica (PL 3.684/2024). Isso seria feito por meio da criação do Programa Nacional de Cooperativas de Crédito e Seguros para Agricultores Familiares.

Entre outras medidas, o texto prevê a aplicação de juros subsidiados pelo governo, com uma taxa máxima de 2% ao ano, inferior às do mercado. O prazo de pagamento seria variável, entre três e dez anos, com carência de até dois anos, dependendo do ciclo produtivo.

O autor do projeto, o senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), afirma que seu objetivo é proporcionar suporte econômico e estrutural às cooperativas agrícolas, além de oferecer crédito para que os pequenos produtores mantenham suas operações.

A relatoria da matéria está a cargo do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que apresentou voto favorável à proposta.

Depois da análise na CRA, o projeto seguirá para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde receberá decisão terminativa.

Leia Também:  PEC das guardas municipais está na pauta de votações do Plenário desta quarta

A reunião da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária será realizada na sala 7 da ala Alexandre Costa.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

POLITÍCA NACIONAL

Paim critica suspensão pelo STF de processos sobre ‘pejotização’

Published

on

O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou, em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (5), a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu os processos que discutem a legalidade da “pejotização” — prática em que empresas contratam trabalhadores como pessoas jurídicas (PJ) para evitar o vínculo formal com carteira assinada.

— O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) destacou que essa suspensão “fere o princípio constitucional da garantia de acesso ao Poder Judiciário, negando a prestação jurisdicional por tribunais mais habilitados a reconhecer a pejotização ou as terceirizações ilícitas”. Essa tentativa de enfraquecer a Justiça do Trabalho também silencia os trabalhadores e desconsidera as vozes das ruas, daqueles que estão com as mãos calejadas — afirmou.

Segundo o parlamentar, a pejotização fragiliza os direitos trabalhistas porque o modelo de contratação disfarça vínculos formais de emprego, mantendo características como jornada definida, subordinação e salário fixo, mas sem garantir os direitos previstos na CLT, como férias, 13º salário, FGTS e seguro-desemprego.

Leia Também:  Projeto aprovado em comissão exige alerta em rótulo sobre efeito de remédio em motoristas

— Essa prática é frequentemente utilizada para reduzir encargos trabalhistas e tributários, mas configura fraude quando encobre uma relação de emprego tradicional. Quando essa fraude é efetivamente comprovada, os responsáveis podem ser condenados ao pagamento dos valores devidos e não pagos pertinentes à relação trabalhista — disse.

Paim também citou dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), indicando que a pejotização já atinge cerca de 18 milhões de trabalhadores. De acordo com o parlamentar, desde a reforma trabalhista, esse modelo de contratação causou perdas de aproximadamente R$ 89 bilhões na arrecadação, colocando em risco a manutenção da Previdência Social. Ele anunciou a realização de uma audiência pública na próxima quinta-feira (9), na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), para debater o tema com entidades sindicais, representantes do governo, do Judiciário e do Ministério Público.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

MAIS LIDAS DA SEMANA