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POLITÍCA NACIONAL

Girão critica declarações de Lewandowski e questiona postura do STF

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O senador Eduardo Girão (Novo-CE), em pronunciamento nesta quinta-feira (12), criticou declarações do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, feitas recentemente na Câmara dos Deputados. Para o senador, o ministro contrariou a Constituição ao declarar que “não há nenhum direito absoluto” durante questionamento sobre imunidade parlamentar.

Segudo Girão, o ministro teria dito que “não há nenhum direito absoluto, nem direito à vida, nem direito à liberdade e muito menos o direito à livre expressão parlamentar”.

— Olhe a pérola, em pleno século 21! (…) O desconhecimento da própria Constituição, da cláusula pétrea do artigo 5º, [que diz que] o direito à vida é inviolável. Está tudo invertido, está tudo de cabeça para baixo no Brasil. Em todas as democracias sólidas do mundo, a imunidade parlamentar é considerada como o último dos direitos a serem banidos — declarou o senador.

Girão afirmou que Lewandowski, quando era ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou uma queixa-crime contra o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) sob o argumento da imunidade parlamentar. Mas, enfatizou o senador, “o mesmo entendimento não está sendo aplicado ao deputado federal Marcel van Hattem [Novo-RS], que sofre perseguição política por críticas feitas da tribuna a respeito da conduta abusiva de um delegado da Polícia Federal”.

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— O Estado democrático de direito está sendo vilipendiado ao extremo pelas barbaridades cometidas por alguns ministros da nossa Suprema Corte — protestou.

O senador também citou a atuação de Lewandowski em julgamentos como o do mensalão e o do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Ele afirmou que as decisões do ministro em ambos os casos enfraqueceram o cumprimento da Constituição.

Girão chamou de “festival de abusos” a atuação do STF e cobrou posicionamento do Senado para “reequilibrar os poderes da República”. 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

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POLITÍCA NACIONAL

Paim critica suspensão pelo STF de processos sobre ‘pejotização’

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O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou, em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (5), a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu os processos que discutem a legalidade da “pejotização” — prática em que empresas contratam trabalhadores como pessoas jurídicas (PJ) para evitar o vínculo formal com carteira assinada.

— O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) destacou que essa suspensão “fere o princípio constitucional da garantia de acesso ao Poder Judiciário, negando a prestação jurisdicional por tribunais mais habilitados a reconhecer a pejotização ou as terceirizações ilícitas”. Essa tentativa de enfraquecer a Justiça do Trabalho também silencia os trabalhadores e desconsidera as vozes das ruas, daqueles que estão com as mãos calejadas — afirmou.

Segundo o parlamentar, a pejotização fragiliza os direitos trabalhistas porque o modelo de contratação disfarça vínculos formais de emprego, mantendo características como jornada definida, subordinação e salário fixo, mas sem garantir os direitos previstos na CLT, como férias, 13º salário, FGTS e seguro-desemprego.

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— Essa prática é frequentemente utilizada para reduzir encargos trabalhistas e tributários, mas configura fraude quando encobre uma relação de emprego tradicional. Quando essa fraude é efetivamente comprovada, os responsáveis podem ser condenados ao pagamento dos valores devidos e não pagos pertinentes à relação trabalhista — disse.

Paim também citou dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), indicando que a pejotização já atinge cerca de 18 milhões de trabalhadores. De acordo com o parlamentar, desde a reforma trabalhista, esse modelo de contratação causou perdas de aproximadamente R$ 89 bilhões na arrecadação, colocando em risco a manutenção da Previdência Social. Ele anunciou a realização de uma audiência pública na próxima quinta-feira (9), na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), para debater o tema com entidades sindicais, representantes do governo, do Judiciário e do Ministério Público.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

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